Seminário UMa-CIERL| The Map of a Woman. The Topography of Selfhood in the Work of Mary Rose Callaghan, Emma Donoghue, Mary Dorcey, Deirdre Madden, and Mary Morrissy
A Linha de Investigação Mobilidade e Transferência Culturais em Contextos Insulares do Centro de Investigação em Estudos Regionais e Locais da Universidade da Madeira (UMa-CIERL) promove no próximo dia 28 de outubro de 2016, no Anfiteatro 4 do Campus Universitário da Penteada [UMa], o seminário TheMap of a Woman. The Topography of Selfhood in the Work of Mary Rose Callaghan, Emma Donoghue, Mary Dorcey, Deirdre Madden, and Mary Morrissy, orientado por Zuzanna Sanches , docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Investigadora do Centro de Estudos Anglísticos da mesma Universidade.
O Seminário será de frequência gratuita e integrará:
O Seminário será de frequência gratuita e integrará:
- uma conferência aberta ao público em geral;
- e um workshop que exige inscrição prévia através de formulário próprio: aqui.
As grandes revoluções acontecem quando deixa de ser viável manter um status quo político, social ou cultural. A Irlanda tem sido fustigada por grandes e pequenas revoluções, mas em todas elas o papel dos intelectuais foi decisivo. Foram eles a fazer soprar o vento de revolução nas suas escolas celtas; foram eles a mobilizar os cidadãos e a morrer nas prisões inglesas. A alma irlandesa foi sempre dedicada principalmente à luta política pela independência, ficando para trás as outras mudanças sociais, nomeadamente a grade revolução identitária e cultural que teve o seu período dourado nos anos 60 e 70, quando se deram os primeiros passos em direção à igualdade de género.
Nas décadas que se seguiram, foi dada voz às mulheres, embora as mudanças políticas e legais apenas viessem a acontecer em meados dos anos noventa, com a legalização da contracepção e do divórcio. É neste contexto que tenciono situar a minha análise de obras de algumas escritoras irlandesas contemporâneas, nomeadamente Deirdre Madden, Mary Rose Callaghan, Mary Dorcey, Emma Donoghue, e Marry Morrissy – uma geração nascida nos anos sessenta.
Analisar os textos, os romances e a poesia dessas escritoras não é olhar só para a magia da palavra e da imagem, mas buscar tópicos, temas e ferramentas transversais para os estudos feministas e filosóficos e ir mais fundo, tentando mapear a voz no feminino. É colar, cortar e recalcar as palavras de Julia Kristeva, Judith Butler, Elizabeth Grosz entre outras. É olhar para a questão da identidade e perceber como esta é múltipla e narrativa. É dar voz à criatividade, à memoria, à sexualidade, ao corpo e à maternidade. É ir à procura de tradições que se alojaram nas margens, longe dos discursos normativos, nas fronteiras e ilhas e, portanto, fora do centro.
O encontro estruturar-se-á em dois momentos:
(1) uma conferência aberta ao público, em que abordaremos os meta e micro temas do feminismo irlandês, ilhéu e europeu;
(2) um workshop sujeito a inscrição prévia, em que iremos ler e trabalhar fragmentos de obras de escritoras acima mencionadas. Faremos uma leitura juntamente com as nossas próprias experiências no campo de re/construção de identidade. Antes do encontro será fornecido, para fotocopiar, um dossiê com as fotocópias que facilitaram o trabalho.
Anexo:
- Cartaz
Com os melhores cumprimentos,
A Assessoria para a Formação da EB23 Caniço
Bertina Mendonça e Fátima Pereira
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